PIROTECNIA

PIROTECNIA
"A arte de fabricar energia... Armazená-la... E liberá-la em forma de Luzes, Cores e Sons..."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PÓLVORA NEGRA - PARTE I - Depois dela, a Humanidade não foi a mesma...

Nas mãos do homem, o curso da humanidade tomaria outro caminho.
Alguns trilhariam e trilham o caminho poder negro da pólvora.
Embora muitos outros, caminharam e caminham pelo poder branco da pólvora negra.
(As mãos acima são do Ronaldo "BIGODE" - Mestre Pólveiro - Cienfuegos 1991)

O PÓ NEGRA E UMA DE SUAS HISTÓRIAS
Imagine-se há mais ou menos 2,000 anos. Um tempo realmente além da nossa imaginação. Uma era onde o ser humano buscava anciosamente pela verdade. Buscavam respostas e queriam descobrir coisas que estavam muito além da sua compreenssão.
Imagine-se em uma sala não muito confortável, tudo, quando digo tudo é tudo, rústico, movéis, utensílios, apetreichos, misturados a ferro e madeira e quem sabe, vidros fundidos...
Um homem, ou alguns poucos homens misturavam elementos encontrados por ali mesmo nos arredores ou elementos vindos de outros lugares.  Muitos pesquisadores em diversas parte do então mundo moderno, procuravam quase as mesmas coisas. E nestas buscam descobriam coisas e essas coisas eram repasadas adiante, cidade a cidade, continente a continente. Cientista e Cientista...
Isso se dá ao fato de existir cientistas de época mais conhecidos como ALQUIMISTAS. Ou seja, homens que praticavam a ciência da ALQUIMIA.


Alquimia

          O significado da Alquimia pode assumir diversas conotações de acordo com o contexto em que é aplicada e da forma como é interpretada. A alquimia pode ser considerada uma modalidade de ciência, talvez a mais antiga da história da humanidade, que originou diversas outras, inclusive a química contemporânea. Porém, não é possível classificá-la apenas como uma ciência. Isto porque, na alquimia, inclui-se diversos elementos místicos, filosóficos e metafóricos; além de uma linguagem simbólica e interpretativa. Assim, podemos classificá-la genericamente como uma antiga tradição que combina química, física, arte e ocultismo.

Por esse motivo, a alquimia também é classificada como uma ciência ou arte hermética. Neste caso, hermético é uma alusão direta ao lendário Hermes Tris- megistus e significa de difícil acesso e compreensão, reservado apenas para os Iniciados nas artes ocultas.
Esta camada de incertezas relaciona-se também quando se discute a origem da palavra. Alquimia pode ser originada no vocábulo árabe kimia, que por sua vez, deriva-se da palavra egípcia keme, que significa terra negra e era uma das formas usadas para referir-se ao Egito, país onde provavelmente surgiu a alquimia. Ainda, pode-se considerar que a palavra tenha surgido da expressão árabe al khen que tem raiz grega na palavra elkimya e significa o país negro. Também cogita-se uma origem direta no grego, na palavra chyma que se relaciona à fundição de metais.

Os preceitos da alquimia se encontram condensados na misteriosa Tábua Esmeralda. A esmeralda era considerada a pedra preciosa mais bela e com uma simbologia maior.

Uma das características principais dos tratados alquímicos é a linguagem complexa e rebuscada na qual são redigidos. Durante a Idade Média, isto poderia ser um recurso usado pelos alquimistas para que não fossem alvo da perseguição da Santa Inquisição. Porém, também é possível que os autores tentassem ocultar as fórmulas, de modo que apenas outros alquimistas compreendessem.


 ALQUIMISTA BUSCANDO A ÁRVORE DA VIDA - EXTRAIR A SEIVA DA VIDA ETERNA
ALQUIMISTA MEDIEVAL ANOTANDO OS RESULTADOS DOS EXPERIMENTOS

 Na China, a prática da alquimia estaria associada ao Taoísmo, que é o ensinamento filosófico-religioso chinês. Além da associação à filosofia védica, na Índia, por volta do ano 1000 a.C., que apresenta semelhanças com alguns fundamentos alquímicos. No Egito antigo, era considerada obra do deus Thoth (divindade associada à Hermes Trismegistus. Ainda no Egito, na cidade de Alexandria, a alquimia recebeu influência da filosofia neoplatônica, que se baseia no conceito de que a matéria, apesar de múltiplas aparências, é formada por uma substância única. Esta seria a justificativa para a transmutação almejada pelos alquimistas através da fusão dos quatro elementos fundamentais da Antigüidade: fogo, ar, água e terra.


SOLDADO CHINÊS USANDO DA PÓLVORA PARA FINS BÉLICOS




PERGAMINHO TAOISTA SOBRE A ALQUIMIA
MONGE TAOÍSTA FAZENDO ANOTAÇÕES DE SUAS PESQUISAS

De qualquer forma, a alquimia floresceu realmente a partir de meados do século VII, quando os povos árabes invadiram o Egito. Assim, o acervo de escritos alquímicos foram traduzidos para os idiomas árabes e sírio. Aproximadamente 300 anos depois, em meados do século X, os mulçumanos introduziram a alquimia no continente europeu, mais precisamente, através da península ibérica, na Espanha.

No século XIII, o conceito de quatro elementos primitivos e geradores da natureza (água, fogo, terra e ar), foi substituído pela idéia de que havia apenas três elementos básicos: mercúrio, enxofre e sal. O alquimista árabe Abu Musa Jabir ibn Hayyan al Sufi (conhecido como Geber) concluiu que os metais eram gerados no interior da Terra e compostos de mercúrio e enxofre. Acreditava-se que ouro e prata eram compostos de mercúrio e enxofre em sua forma pura. Enquanto os outros metais eram formados com enxofre impuro. Dessa forma, concluiu-se que, se através de um processo adequado, fosse possível "purificar" o enxofre, este poderia facilmente ser transmutado em ouro.

No ano de 1525, surgiu uma espécie de "escola de químicos" fundada por Paracelso. A Iatroquímicos (iatros, do grego, médico) tinha como objetivo principal encontrar um meio de que a humanidade se tornasse totalmente imune às doenças naturais. Porém esta causa poderia também ocultar a intenção de encontrar o chamado Elixir da longa vida. Foi também entre Paracelso e os iatroquímicos que surgiu o conceito de quintessência, que neste caso, seria equivalente ao "elemento divino".

Entre os alquimistas mais célebres da história, destacam-se Tomás de Aquino, Paracelso, Nostradamus, Nicolas Flamel e Francis Bacon. Além do lendário Conde de Saint Germain, que teria encontrado a Pedra Filosofal e o Elixir da longa vida.

A alquimia medieval é a responsável pelas bases da química moderna. Além disso, os alquimistas contribuíram imensamente com a medicina contemporânea e deixaram como legado de alguns procedimentos que são utilizados até hoje, como o "banho-maria" (em alusão à alquimista conhecida como Maria, a Judia). Porém, a maior influência da alquimia encontra-se nas ciências ocultas ocidentais agindo diretamente na sabedoria e natureza humana.
(Referência: Arcevo Pessoal Felício Costa
                   http://spectrumgothic.blogspot.com/.)

XILOGRAVURA MEDIEVAL MOSTRANDO  O HOMEM COM CENTRO DE TUDO
ALQUIMISTAS DO PERÍODO MEDIEVAL

SÁBIO / MAGO / ALQUIMISTA / CIENTISTA / CURANDEIRO
LABORATÓRIO DE PERMES NA FRANÇA - IDADE MÉDIA
                                                                     

PARTE DO LIVRO CONTENDO INFORMAÇÕES SOBRE 
 PLANTAS MEDICINAIS  - SÉCULO XVI        
      
Ilustrações

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