PIROTECNIA

PIROTECNIA
"A arte de fabricar energia... Armazená-la... E liberá-la em forma de Luzes, Cores e Sons..."

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

FOGOS DE ARTIFÍCIO - ENERGIA LUZEZ CORES SONS... MAGIA

O HOMEM DOMINANDO O FOGO

Uma singela introdução
História dos Fogos de Artifício

“...A história da Pirotecnia provavelmente iniciou-se na Ásia, já na Pré-História. Mas, seguramente, podemos afirmar que a pólvora foi fabricada pela primeira vez, por acaso, na China há cerca de 2000 anos. Um alquimista chinês juntou acidentalmente salitre (nitrato de potássio), enxofre, carvão e aqueceu a mistura. Esta mistura secou como um pó negro, floculante, que quando queimado apresentava grande desprendimento de fumaça e chamas. Tal produto recebeu o nome de HYO YAO ("fogo químico") e posteriormente ficou conhecido como PÓLVORA.
A pólvora foi empregada como projéteis explosivos em armas elementares de bambu e de ferro, semelhantes a flechas, desde o ano de 1304. Para fins pacíficos, ela somente começou a ser utilizada nos fins do século XVII em minerações e construção de estradas.
O "fogo químico" foi o único explosivo utilizado até o século XIX, quando surgiram a nitroglicerina e a dinamite.
Já os chamados fogos de artifício datam de alguns milhares de anos antes de Cristo, isto é, em uma época muito anterior ao conhecimento da pólvora. Eles surgiram quando se descobriu que pedaços de bambus ainda verdes explodiam quando colocados em fogueira. Isso ocorria devido ao fato de que os bambus crescem muito depressa. Com isso, formam-se bolsas de ar e de seiva, que ficam presas dentro da planta, inchando e explodindo quando aquecidas.
Os ruídos resultantes assustaram inicialmente os chineses. No entanto, eles passaram a jogar caules verdes de bambus (pao chuck) em fogueiras durante festivais e comemorações com o objetivo de assustar maus espíritos.
Mais de 2000 anos depois, foi observado que se bambus ocos fossem recheados com o já conhecido "fogo químico" e lançados ao fogo, o ruído resultante era muito maior. Eram os primeiros fogos de artifício a serem fabricados como conhecemos hoje.
O conhecimento da pirotecnia era difundido na China e na Índia durante séculos antes de se estender até a Europa por meio dos árabes e gregos. A arte de construção de fogos de artifício foi muito desenvolvida na Arábia no século VII, sobretudo pelo fato de os sais oxidantes de potássio serem bastante utilizados pelos alquimistas do Islã.
Posteriormente, acresceu-se à pólvora o uso de magnésio e alumínio. Estes metais permitiam a obtenção de um brilho nunca visto e de um número muito grande de efeitos luminosos.
Com o advento da química moderna e descoberta de suas leis, muitos elementos foram estudados, assim como suas reações. Hoje em dia, diversos efeitos visuais foram acrescidos aos fogos de artifício com a mistura de diferentes substâncias, como:
- Nitrato + carbonato ou sulfato de estrôncio = VERMELHO
- Nitrato + clorato ou carbonato de bário = VERDE
- Oxalato ou carbonato de sódio = AMARELO
- Carbonato ou sulfeto de cobre + cloreto mercuroso (calomenano) = AZUL
Atualmente existem diversos tipos de fogos de artifício, e seus efeitos dependem da composição ou da estrutura da peça. Entretanto, todos são construídos com fundamento em um mesmo princípio: armazenar o máximo de energia em um mínimo espaço.”
Referencia:  Mabel Rodrigues - http://haroldovilhena.multiply.com/journal/item/54 - blogdoharoldovilhena

FABRICAÇÃO DA PÓLVORA NEGRA


 Tambor de Binário - Aqui são feitas as misturas de CARVÃO E NITRATO DE POTÁSSIO
Tambor de Binário + Caixote de Despejo -  Parte das correiras  




GALGA - Aqui mistura-se o resultado CARVÃO +  NITRATO, introduzindo o ENXOFRE
Galga de Mistura
Galga de Mistura

GALGA DE MISTURA


Galga Menor


Prensando o Queijo de Pólvora

Queijo de Pólvora Negra prensado

Queijo de Pólvora Negra sendo quebrado

Quebração do Queijo de Pólvora
Peneiração e Granulação
1
2

3
Secagem da Pólvora Negra no Estaleiro - foto 1 - 2 - 3

PÓLVOR NEGRA - PARTE IV - ENXOFRE

ENXOFRE
S

O enxofre é o elemento químico de número atômico 16 e massa atômica 32,065 u. Representa-se pela letra S em sua forma maiúscula e se localiza na tabela periódica no período 3. É participante do grupo dos calcogênios. Seu estado físico é sólido quando se encontra a uma temperatura de 20ºC e pressão de 1 atm. Possuí uma coloração amarelada, é insípido, mal condutor de calor e eletricidade além de ser quase inodoro. É insolúvel em água, porém apresenta solubilidade em dissulfeto de carbono. Um de seus compostos mais conhecidos é o dióxido de enxofre (SO2), um dos responsáveis pelo surgimento de chuvas ácidas.
Não é prática comum a obtenção de enxofre em laboratórios, pois ele é localizado com relativa facilidade na natureza, avalia-se que é responsável pela composição de cerca de 0,03% da crosta terrestre. Encontra-se na sua forma nativa em meteoritos, vulcões e fontes de águas termais. Também pode ser extraído de impurezas de vários metais, ou ainda pela recuperação de gases ácidos do petróleo. Entre os minérios de sulfeto que contém enxofre, podemos citar a galena (PbS), a Pirita (FeS2), a esfalerita (ZnS) e o Cinábrio (HgS).
Devido a diferentes formas de arrumação entre as ligações de seus átomos, o enxofre possui algumas formas alotrópicas, como o enxofre rômbico e o enxofre monoclínico.
A Petrobras é responsável pela produção de 7% do enxofre consumido pelo mercado brasileiro. Ela comercializa 3 tipos: o pecuário, utilizado na complementação da alimentação do gado, o ventilado, usado na vulcanização da borracha e o industrial, cuja utilização é feita em diversos segmentos.

Processos de Extração
Em 1891, Herman Frasch criou o primeiro processo economicamente viável para a sua extração. Como possui um baixo ponto de fusão (115ºC), Frasch teve a idéia de usar vapor de água em altas temperaturas para fundir o enxofre sólido e soltá-lo da rocha onde ele se encontrava afixado. Depois de solto, o líquido era levado à superfície através de um bombeamento com ar comprimido. Atualmente o método mais utilizado é o Processo Claus, inventado e patenteado por Carl Friedrich Claus, consiste na obtenção de enxofre a partir do Sulfeto de Hidrogênio (H2S).

Aplicações

A maior aplicação de seu uso no âmbito mundial se refere à produção de ácido sulfúrico, estima-se que 87% de sua utilização é destinada a obtenção desse produto. Possui também extrema importância na fabricação da borracha, pois a vulcanização feita com enxofre é o meio mais simples e barato. Outra aplicação considerável é seu uso na composição de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Enxofre no Organismo Humano

A presença do enxofre em nosso organismo possui caráter fundamental, além de auxiliar na formação de vitaminas, proteínas e do coágulo sanguíneo, ajuda no combate à parasitas. Sua deficiência provoca diversos sintomas, como depressão, neurite, odor desagradável na saliva e diminuição do brilho da pele. Para evitar esse déficit se recomenda a ingestão de frutas e verduras. Alimentos de origem animal como leite e ovos também o possuem em sua constituição.